quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fartos.net

Fartos.quê???

A ATTAC Portugal lança hoje a iniciativa online fartos.net (www.fartos.net). Trata-se de um meio de manifestar indignação perante os acontecimentos recentes no Irão, nas Honduras e na China. Manifestar indignação perante a suspensão das liberdades e do estado de direito, perante a suspensão da democracia, perante a suspensão da paz.

Recorrendo aos mais diversos meios online para passar a mensagem, convidamos todos a uma manifestação de vontades que procure demonstrar que a liberdade, a democracia e a paz não são contornáveis. Simples, não é? Façam barulho!


Texto base da iniciativa

No Irão morreram mais de 20 pessoas em protesto contra os resultados eleitorais e exigindo mais democracia. As liberdades fundamentais foram suspensas. Nas Honduras, militares golpistas extraditaram o presidente democraticamente eleito. Os protestos já geraram duas vítimas mortais. As liberdades fundamentais foram suspensas. Na China, 140 pessoas morreram em protestos contra a suposta hegemonia de uma etnia. 1400 pessoas foram presas e as liberdades fundamentais foram suspensas.

Estamos fartos disto! Estamos fartos de repressões e ditadurices. Estamos fartos de desrespeitos claros aos mais básicos direitos fundamentais. Estamos fartos de ver a liberdade ser suspensa. Estamos fartos de ver a democracia ser adiada em tantos países. Estamos fartos da paz ser constantemente hipotecada. Não pode ser! Estamos fartos e, dentro das possibilidades de cada um, vamos fazer barulho por isso! Temos dito!


Meios de manifestação de indignação

Blogues - Fazer um post com o logo da iniciativa e/ou o video, o texto base e convidar 10 outros blogs a fazê-lo também; colocar o logo da iniciativa na barra lateral.


Facebook - Aderir à causa aqui e convidar os amigos.

Twitter - Iniciar a seguinte corrente: "Eu estou #farto! E tu @joseantonio, @mariagraca, @henriquec, @paulalopes? http://www.fartos.net/ (continuem a corrente)".

e-Mail - Enviar um e-mail aos seus contactos com o logotipo da iniciativa e/ou o video e o texto base. Convidar os seus contactos a prosseguir a corrente.

Logo da Iniciativa


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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Posição da ATTAC Portugal sobre Irão e Honduras

Em 1979, o Irão derrubou a ditadura do Xá e constitui-se como a República Islâmica do Irão, optando por um sistema político que prevê eleições regulares. Na sequência do último acto eleitoral e das dúvidas levantadas pelos candidatos derrotados quanto à veracidade dos resultados eleitorais proclamados pela Comissão Eleitoral, milhares de iranianos saíram à rua em protesto.
Como é evidente, não compete à ATTAC Portugal tomar partido por qualquer candidato ou força política, mas as notícias de repressões violentas, causando a morte a pelo menos 20 pessoas, prisões políticas, suspensão das liberdades de expressão, vêm pôr em causa os contornos democráticos das últimas décadas do Irão e não são, por tal, de todo aceitáveis.
Em 1981, chegou ao fim a ditadura militar nas Honduras, e os 28 anos que se seguiram foram conturbados, mas não houve mais tomadas de poder por via militar. O golpe militar que deteve e extraditou abruptamente o presidente Manuel Zelaya pôs fim a este ciclo democrático.
Como é evidente, não compete à ATTAC Portugal tomar partido por qualquer candidato ou força política, mas o afastamento de um presidente democraticamente eleito, que não através de meios pacíficos e democráticos, só pode ser seriamente condenado. A proibição, por parte do governo de facto em poder nas Honduras, de direitos como as liberdades de expressão, de organização e de manifestação é intolerável. A repressão no país já gerou vítimas mortais. O impedimento do regresso do presidente Manuel Zelaya demonstra bem a quão limitada é a base de sustentação dos responsáveis golpistas.
Em ambos os países, e em toda a parte, estamos comprometidos com a liberdade em todas as suas dimensões. Estamos comprometidos com a democracia e com todos os benefícios que a mesma representa para os povos. Assim sendo, repudiamos naturalmente quaisquer actos repressivos contra todos aqueles que defendem as causas acima. Em democracia o voto é soberano, tal como o respeito pelos cidadãos e os seus direitos. Se as instituições se colocam acima deste pressuposto e se arrogam o direito de suspender o funcionamento da democracia, é nosso dever não apenas estar solidários com quem luta pela liberdade, mas também denunciar o perigo gravíssimo de definições dúbias e restritivas do próprio conceito de democracia. Para nós a democracia não se mede pela retórica nem pelas conveniências geo-estratégicas mundiais, mas pelo respeito que tem pelos cidadãos e pela sua vontade livremente expressa. Por isso, neste momento ela está hipotecada tanto no Irão como nas Honduras.
Apelamos, assim, ao respeito inquestionável pelas liberdades fundamentais em ambos os países (nomeadamente as liberdades de expressão, de informação, de manifestação) e à libertação imediata de todos os que se encontram detidos por terem manifestado publicamente a sua opinião. Apelamos também à recondução rápida do presidente Manuel Zelaya, para que se retome a legalidade constitucional e o povo hondurenho, tal como o iraniano, possa resolver as suas diferenças de opinião do único modo aceitável em democracia: através do voto, sem armas e sangue a correr nas ruas.
A liberdade, a democracia e a paz não são contornáveis.

ATTAC Portugal

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Marcha de Orgulho LGBT - Porto

Sábado, 11 de Julho

15 horas
Praça da República

Manifesto da Marcha do Orgulho LGBT no Porto 2009

Há 40 anos, no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, pessoas homossexuais, bissexuais e transgéneras revoltaram-se e pela primeira vez reagiram e defenderam-se dos sistemáticos actos de agressão e opressão das forças policiais. Foi o início da luta pelos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais/Transgéneras (LGBT). No ano seguinte, realizou-se a primeira Marcha do Orgulho LGBT – orgulho pela coragem de resistir.
No Porto, a 1ª Marcha do Orgulho LGBT foi impulsionada pelo brutal assassinato de Gisberta Salce Júnior, uma mulher transexual. Estávamos em 2006 e pedíamos “um presente sem violência, um futuro sem diferença”. 2007 foi o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos. As uniões de facto foram finalmente reconhecidas no Código Penal, sem distinguir casais de pessoas do mesmo sexo e casais de pessoas de sexo diferente. Por outro lado, apesar de muito se ter falado na necessidade de pôr termo à discriminação das mulheres no trabalho, nada se disse, por exemplo, sobre a dificuldade que transexuais e transgéneros têm em conseguir um emprego. Exigimos a inclusão da identidade de género no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa e uma Lei de Identidade de Género Porque a igualdade de direitos não é adiável ou negociável, exigimos a cidadania plena para todas e todos.
Ano após ano, lembramos que o Estado tem a obrigação de se empenhar activamente na luta contra o preconceito. Porque a educação é fundamental, exigimos acções de formação anti-discriminação nas escolas, nos tribunais, nos estabelecimentos de saúde, nas esquadras. Em todos os pilares da democracia. Em 2008 congratulámo-nos com as medidas tomadas no âmbito da educação para uma saúde responsável, mas lamentámos o facto de a educação continuar a ter como base um modelo heteronormativo, que não corresponde à pluralidade das práticas familiares do Portugal do século XXI.
Na linha de todos os alertas e reivindicações que temos vindo a fazer, hoje pedimos a todas e todos que façam connosco uma reflexão sobre uma temática transversal e central de todas as sociedades: a FAMÍLIA.
Os argumentos em defesa do que é normal e tradicional são recorrentes quando se fala de famílias que não obedecem ao paradigma 1 homem +1 mulher = filhos. Mas o que é "normal"?
No Império Romano havia escravatura. Era normal. Diversas formas de escravatura são ainda consideradas normais em vários locais do mundo. No entanto, Portugal foi um dos primeiros países a abolir a escravatura, no século XVIII. A pena de morte também é histórica e ainda se aplica em diversos países. Portugal foi o terceiro país a abolir a Pena Capital, em finais do século XIX.
Avancemos para meados do século XX e para as coisas normais do mundo ocidental. O casamento inter-racial era proibido em muitos países, sob a justificação de que iria desvirtuar a instituição do casamento e porque a seguir teríamos o incesto e a bestialidade. Era normal obrigar os canhotos e escrever com a mão direita. Era normal os surdos não terem uma língua própria. Era normal os negros serem obrigados a viajar na parte de trás dos autocarros. Era normal uma mulher primeiro ser propriedade do pai para depois ser propriedade do marido. Era normal as mulheres não poderem votar nem usar calças de ganga. Era normal dizer-se que o preservativo e a pílula iam acabar com a família. Era normal haver filhos em todos os casamentos. Era normal o casamento ser para toda a vida mesmo que as pessoas fossem infelizes. 
O normal é o que a maior parte das pessoas faz, ou acredita que se faz, num determinado momento. Não quer dizer que as práticas minoritárias estejam erradas. Aliás, o normal muda com os tempos... 
Não se pode negar a diversidade de modelos familiares existente.
Um lar pode ter como núcleo um relacionamento monogâmico entre um homem e uma mulher, entre dois homens, ou entre duas mulheres. Mas também há relacionamentos amorosos responsáveis entre mais de duas pessoas. Assim como há famílias cuja base é a amizade, e não o amor, ou o sangue. Todas estas famílias existem. Umas têm filhos, biológicos ou adoptados, outras não.
O problema é que algumas destas famílias não são reconhecidas pelo Estado, ou são tratadas como famílias de segunda. 
Há menos de 100 anos, o casamento normal seria a união entre duas pessoas com a mesma cor de pele, a mesma religião, do mesmo estrato social e de sexo diferente. Permitiu-se a anormalidade dos casamentos inter-raciais, a modernice de casar por amor, a leviandade de não se pensar nos interesses religiosos ou patrimoniais das famílias. Permitiu-se o amor. O casamento passou assim a ser o coroar de uma relação, o querermos que seja “para sempre” (pelo menos até ao dia do divórcio). As pessoas com orientações afectivas ou sexuais diferentes da maioria também cresceram neste país, e é normal que vejam no casamento civil a legitimação e dignificação do amor que sentem por outra pessoa.
E é disso que falamos: de amor.
Nem todos temos o desejo de encontrar a alma gémea, casar e ter filhos. Mas quem tem esse sonho deve ter igualdade de acesso ao casamento civil. Todos devemos ter o direito de escolher o modelo de família com que mais nos identifiquemos, e o estado tem de dar as mesmas oportunidades a todos e todas.
É urgente que o Estado reconheça o direito à igualdade para todas as pessoas, para todas as famílias. É necessário que ninguém seja discriminado. Somos uma sociedade diversa. Sejamos verdadeiramente inclusivos.
Por tudo isto marchamos e afirmamos:

“Na felicidade e na dor, o que faz a família é o amor!”

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Persepolis 2.0



Inspirados na conhecida BD de Marjane Satrapi, e com o consentimento da autora, dois ilustradores iranianos, Payman e Sina, decidiram disponibilizar uma sequela reflectindo os últimos acontecimentos no Irão.
Pode ser consultado e descarregado gratuitamente aqui, e os autores agradecem a divulgação.

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual

É com todo o gosto que divulgamos o texto de apresentação da AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual:


BRING-OUT



Quem somos:


Somos um grupo de pais que se propõe lutar por uma sociedade mais justa, opondo-nos a todas as formas de discriminação. Pela forma como nos toca enquanto pais, concentrar-nos-emos preferencialmente no combate às formas de discriminação relacionadas com a orientação sexual.



O que sabemos e sentimos:
Sentimos que muito falta fazer para que os
homossexuais sejam aceites, possam assumir abertamente a sua identidade, exprimir os seus afectos, casar, ter igualdade de tratamento jurídico; em suma serem pessoas de pleno direito, serem cidadãos de plena cidadania.
Sabemos que a aceitação da sua orientação pelos pais é um dos momentos mais marcantes, e fundamentais, na sua própria aceitação como pessoas. É um momento intenso para ambos. Na maioria das vezes sofrido, por ambos.
Sabemos que muitos pais reagem de forma brutal a essa situação pelas expectativas que criaram em relação aos filhos, pelos preconceitos que circulam, e abundam, na sociedade, pela falta de informação resultante dos tabus que se têm perpetuado em torno da discussão aberta do tema.
Sabemos que para os pais é difícil falar d
@ seu filh@ homossexual; falar das suas relações amorosas, dos seus projectos de vida.
Sabemos como são forçados a usar diferentes “histórias” para os seus diferentes filhos e quão dura lhes é essa discriminação. Fazem-no pelas reacções que essa abertura provoca nos outros;fazem-no pelo respeito que os filhos merecem, deixando-os decidir quando e a quem o fazer, dando por vezes um empurrãozinho, na abertura da porta desse tal “armário”. Toda esta situação exige dos pais uma atenção especial, difícil, paciente, cuidadosa.
Também sabemos que os pais estão muito sozinhos, nem sempre sabem como agir da melhor forma. Andam eles próprios a aprender a ser pais, a como sair do seu “armário” de pais reprimindo o desejo de escancarar a porta toda, e celebrar todo o amor que sentem por esses filhos.



O que queremos:
Queremos ser um grupo de pais
que se oiçam, esclareçam, acompanhem.
Queremos ser um grupo de apoio a jovens homossexuais que tenham dificuldade na sua relação com os pais.

Queremos constituir um grupo de acção cívica ao lado dos nossos filhos e de todas as organizações que defendem os seus direitos.



Como pensamos fazê-lo:
Procuraremos locais e momentos de encontro periódico, à medida da dimensão e situações
que forem surgindo. Destes contactos se seguirão outras formas de acção dependendo das ideias que nascerem no interior do próprio grupo.
Procuraremos
marcar de alguma forma presença em todas as formas de encontro que digam respeito a esta causa.



Contacte-nos através de: amplos.bo@gmail.com




Entrevista no DN

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