sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Um outro sistema financeiro é possível

strong>THE TIME HAS COME: VAMOS ENCERRAR O CASINO FINANCEIRO

Nada vai mudar enquanto todos pedirmos mais regulação sem sabermos o que isso quer dizer. Nada vai mudar enquanto as alternativas ao sistema forem deixadas para os economistas «depois verem melhor». O mundo e a Europa estão a ser moldados longe dos nossos olhos enquanto deixamos as medidas concretas longe da discussão pública.
A ATTAC quer entrar no debate para que o sistema financeiro seja estruturalmente alterado: não serão pequenas reparações nos sistemas de supervisão, enquanto se culpa os capitalistas por serem exactamente aquilo é que suposto serem — gananciosos —, que vão introduzir controlo democrático no sistema mundial. É preciso um novo acordo global que controle a hegemonia dos mercados financeiros e que permita aos países limitar o seu impacto sobre a economia real. É preciso que a União Europeia e o Banco Central Europeu sejam catalisadores dessa colaboração e não instrumentos de estrangulamento da acção dos governos.
Por fim, devemos implementar controlos no sistema financeiro propriamente dito para evitar o desenrolar de crises que todos sabemos que chegam cada vez mais fortes mas em relação às quais é «de bom tom», nos livros de etiqueta neo-liberais, fingir que se está surpreendido.
O texto The Time Has Come: Vamos Encerrar o Casino Financeiro, preparado em articulação entre vários membros da rede internacional da ATTAC, apresenta não apenas a nossa visão do que originou esta crise mas também as nossas propostas concretas de medidas para evitar que volte a acontecer. O debate está lançado…

Read more...

Acção MayDay... daqui a nada! ***UPDATE***

O MayDay vai estar esteve no meio de Lisboa, a mostrar como é difícil equilibrar e suportar todas as coisas que fazem parte da vida.


@s precári@s não querem ser precár@s para sempre!


Foi assim:



[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=AruEuaXklRM]

Read more...

Naomi Klein vence prémio Warwick

naomikleindisaster1Naomi Klein venceu a primeira edição do Prémio Warwick com o livro Shock Doctrine.
O prémio da Universidade de Warwick (Inglaterra) é «um prémio de literatura inovador que envolve uma competição global e cruza todas as disciplinas». Shock Doctrine foi premiado pela sua «notável complexidade», e tem gerado polémica. Há quem o considere muito esclarecedor sobre a hegemonia do consenso neoliberal global contemporâneo, mas (talvez por isso mesmo?...) foi obviamente alvo de muitas críticas (esta e esta, por exemplo), às quais a autora respondeu aqui.
A teoria de Shock Doctrine é, de um modo muito simples, a de que o caos beneficia os poderosos, que o têm aproveitado para ir reconstruindo o mundo a seu gosto no rescaldo do choque provocado por guerras e outras catástrofes. A investigação de Klein passa por momentos chave na história mundial recente, incluindo o 11 de Setembro, o Katrina ou a guerra no Iraque, e demonstra como estes momentos de crise colectiva têm sido utilizados pelas multinacionais para reforçar o seu poder às escala global.
Naomi Klein é a autora, entre outros, de No Logo (editado em português pela Relógio de Água) e Fences & Windows, e co-autora do documentário The Take.

Read more...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

MayDay 2009 já mexe!

Já começaram os preparativos para o maior evento contra a precariedade do ano.

Em Lisboa e no Porto.

Read more...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Política, ordem e revolta

untitled1

Read more...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sugestões de leitura

* Sandra Monteiro, «Contra argumentos não há factos?»
* João Romão, «O programa dos empresários para a crise»

Read more...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sugestões de leitura

Artigos interessantes no site da Attac France (em francês, obviamente);

* Catherine Samary, Présentation de Produire de la richesse autrement, usines récupérées, coopératives, micro-finance... les révolucións silencieuses
* Jean Tosti, Le proteccionisme est-il vraiment le contraire du libre-échange?
* Gustave Massiah, Les nations-unis, le pire des systemes a l'exception de tous les autres

Read more...

Vamos cantar o Zeca

zeca

Read more...

Lembrete

É hoje a reunião aberta do Grupo de Trabalho da ATTAC Portugal sobre a Paz e os Direitos Humanos.

Às 18h30, na Livraria Círculo das Letras (R. Augusto Gil, 15 B - na esquina com a R. Óscar Monteiro, junto às Av. de Roma e João XXI).

Read more...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fotos da sessão pública sobre o Fórum Social Mundial

nov-2008-038nov-2008-035

Read more...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Outras declarações do Fórum Social Mundial

Conclusões da Assembleia «Enfrentar a crise impulsionando o processo permanente do fórum social» (castelhano)
Propostas sobre economia solidária no FSM 2009 (português)
Acordo da Assembleia sobre a Crise da Civilização Ocidental Capitalista (castelhano)
Propostas da Assembleia de Combate à Corrupção (português)
Apelo à recuperação de bens comuns (português)
Declaração sobre Direitos Humanos (castelhano)
Decalaração da Assembleia de Mulheres (português)
Carta LGBT ao Fórum Social Mundial (português)
Resultado da Assembleia de Negras e Negros (português)
Declaração da Assembleia contra a Guerra, as Bases Militares e as Armas Nucleares (português)
Carta da Aldeia da Paz (português)
Manifesto do Espaço dos Direitos Colectivos dos Povos e Nações sem Estado (castelhano)
Declaração da Assembleia de Cultura e Educação Transformadora (português)
Conclusões do Fórum Mundial de Ciência e Democracia (português)
Preocupações e assuntos debatidos no 1º Fórum Mundial de Ciência e Democracia (inglês)
Recomendações da Assembleia de Comunicação Partilhada (português)
Declaração dos movimentos sociais urbanos construindo convergências no Fórum Social Mundial (castelhano)
Resoluções da Assembleia «Pan-amazónica Fórum Social Mundial - Belém 2009» (português)
Declaração dos povos indígenas (castelhano)
Declaração da Assembleia de Justiça Climática (português)
Declaração da Assembleia da Água (castelhano)
Declaração da Assembleia de Pessoas com Deficiência (português)
Declaração da Assembleia de Crianças e Adolescentes (castelhano)

Read more...

Reunião aberta do grupo de trabalho sobre a paz e os direitos

Reunião para debate do trabalho da ATTAC sobre a Paz e os Direitos Humanos
11 Fevereiro (quarta-feira), 18.30 horas,
na Livraria Círculo das Letras

(Rua Augusto Gil, 15 B, na esquina com a R. Óscar Monteiro Torres – junto às Av. Roma e João XXI)

Na sequência das eleições realizadas para os novos Corpos Sociais da ATTAC Portugal, que tomaram posse em Janeiro, está a Direcção a promover a organização de grupos de trabalho para a dinamização da reflexão e da iniciativa da ATTAC em várias áreas temáticas. Entre outros, foi constituído um Grupo de Trabalho para a Paz e os Direitos Humanos.
A bárbara e recente agressão de Israel ao povo palestino de Gaza convoca-nos a todos na exigência de não ficarmos nem calados nem quietos. De todos nos interrogarmos o que podemos, todos e cada um fazer, para contrariar esta espiral de violência causadora de um imenso sofrimento humano e duma barbárie civilizacional e para abrir caminho à construção de soluções respeitadoras dos direitos dos povos.
Da questão palestiniana às guerras em África, da exigência do desarmamento nuclear ao combate aos blocos militares, da luta contra a guerra como negócio e como modo de opressão e gestão de conflitos à recusa de que o combate ao terrorismo sirva de pretexto para a limitação da democracia, da liberdade e dos direitos dos cidadãos, muitas são as causas que justificam o empenhamento e a contribuição dos membros e apoiantes da ATTAC para o desenvolvimento em Portugal de um movimento mais forte, plural e diversificado pela paz, pelos direitos humanos, pelo fim da violência nas relações internacionais, pela exigência de que os poderes públicos em Portugal tenham uma política alinhada com as causas da paz e não o servilismo conhecido face ao "amigo americano" que conduziu aos episódios vergonhosos da facilitação da passagem aérea de prisioneiros da CIA a caminho de Guantánamo ou a facilitação dos Açores para a tristemente célebre cimeira que caucionou a agressão imperial contra o Iraque.
As conclusões da Assembleia dos Movimentos Sociais no Fórum Social Mundial em Belém são também um bom contributo para uma agenda de acções contra a guerra e pela paz a que também urge dar corpo em Portugal.
É para debater os modos de agir e de nos organizarmos na ATTAC nesta frente da paz que convidamos todos os interessados a participar nesta reunião no próximo dia 11 (quarta-feira), às 18.30 horas, na Livraria Círculo das Letras (Rua Augusto Gil, 15 B, na esquina com a Rua Óscar Monteiro Torres – perto da Av. Roma e da João XXI).

Read more...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Declaração da Assembleia de Movimentos Sociais - FSM 2009 (Belém)

NÃO VAMOS PAGAR A CRISE, OS RICOS QUE A PAGUEM

Para fazer frente à crise são necessárias alternativas anticapitalistas, anti-racistas, anti-imperialistas, feministas, ecológicas e socialistas.
Os movimentos sociais do mundo reuniram-se por ocasião do 9º FSM em Belém, na Amazónia, onde os povos resistem à usurpação da natureza, dos seus territórios e da sua cultura.
Estamos na América Latina, onde nas últimas décadas se tem dado o reencontro entre os movimentos sociais e os movimentos indígenas que a partir da sua cosmovisão questionam radicalmente o sistema capitalista. Esta região foi nos últimos anos palco de lutas sociais muito radicais, que conduziram ao derrube de governos neoliberais e ao surgimento de governos que têm levado a cabo reformas positivas, como a nacionalização de sectores vitais da economia e reformas constitucionais democráticas.
Neste contexto, os movimentos sociais da América Latina têm agido de forma acertada, apoiando as medidas positivas adoptadas por estes governos, mas mantendo a sua independência e capacidade de crítica em relação a eles. Estas experiências têm servido para reiterar a firme resistência dos povos contra a política dos governos, das grandes empresas e dos banqueiros, que estão a atirar os efeitos desta crise para cima d@s oprimid@s.
Os movimentos sociais à escala planetária enfrentam hoje um desafio de alcance histórico. A crise capitalista internacional que afecta a humanidade expressa-se em vários planos : é uma crise alimentar, financeira, económica, climática, energética, migratória... em suma, civilizacional, e desenvolve-se em simultâneop com a crise da ordem e das estruturas políticas internacionais.
Estamos perante uma crise global provocada pelo capitalismo, e a saída não está dentro deste sistema. Todas as medidas adoptadas para sair da crise apenas procuram socializar as perdas para assegurar a sobrevivência de um sistema baseado na privatização de sectores estratégicos da economia, dos serviços públicos, dos recursos naturais e energéticos, e na mercantilização da vida e na exploração do trabalho e da natureza, assim como na transferência de recursos da periferia para o centro e dos trabalhadores e trabalhadoras para a classe capitalista.
Este sistema rege-se pela exploração, pela competição exacerbada, pela a defesa dos interesses privados individuais em detrimento dos colectivos e pela acumulação frenética de riqueza nas mãos de punhado de abastados. Gera guerras sangrentas, alimenta a xenofobia, o racismo e os extremismos religiosos; agudiza a opressão sobre as mulheres e incrementa a criminalização dos movimentos sociais. No quadro destas crises, os direitos dos povos têm sido sistematicamente negados.
A agressão selvagem do governo israelita contra o povo palestino, violando o direito internacional, constitui um crime de guerra, um crime contra a humanidade e um símbolo desta negação que também atinge outros povos.
Esta vergonhosa impunidade tem de terminar. Os movimentos sociais reafirmam aqui o seu apoio activo à luta do povo palestino, assim como a todas as acções dos povos do mundo contra a opressão.
Para fazer frente a esta crise é necessário ir à raiz dos problemas e avançar o mais rapidamente possível para a construção de uma alternativa radical que erradique o sistema capitalista e a dominação patriarcal.
É necessário construir uma sociedade baseada na satisfação das necessidades sociais e no respeito pelos direitos da natureza, assim como na participação popular num contexto de plenas liberdades políticas. É necessário garantir a vigência de todos os tratados internacionais sobre direitos civis, políticos, sociais e culturais (individuais e colectivos), que são indivisíveis.
Neste sentido temos que lutar, apelando a uma movimentação popular o mais ampla possível, por uma série de medidas urgentes, como:

- A nacionalização da banca sem indemnizações e sob controlo social;
- Redução do horário laboral sem redução de salário;
- Medidas para garantir a soberania alimentar e energética;
- Pôr fim às guerras, retirar as tropas de ocupação e desmantelar as bases militares estrangeiras;
- Reconhecer a soberania e autonomia dos povos, garantindo o direito à autodeterminação;
- Garantir o direito à terra, território, trabalho, educação e saúde para tod@s;
- Democratizar os meios de comunicação e de conhecimento;
- ....

O processo de emancipação social que engloba os projectos ecologista, socialista e feminista do século XXI aspira a libertar a sociedade da dominação exercida pelos capitalistas sobre os grandes meios de produção, comunicação e serviços, apoiando formas de propriedade de interesse social: pequena propriedade territorial familiar, propriedade pública, propriedade cooperativa, propriedade comunal e colectiva…
A alternativa que propomos tem de ser feminista porque é impossível construir uma sociedade assente na justiça social e na igualdade de direitos se metade da humanidade é oprimida e explorada.
Por último, comprometemo-nos a enriquecer o processo de construção de uma sociedade baseada no «bem-estar», reconhecendo o protagonismo e contributo dos povos indígenas.
Os movimentos sociais estão perante uma ocasião histórica para desenvolver iniciativas de emancipação à escala internacional. Só a luta social de massas pode salvar os povos da crise. Para isso é necessário apostar num trabalho de base de consciencialização e mobilização.
O desafio perante os movimentos sociais é o de atingir uma convergência de mobilizações global à escala planetária e reforçar a nossa capacidade de acção, favorecendo a convergência de todos os movimentos que procuram resistir a todas as formas de opressão e exploração.

Para tal, comprometemo-nos a:

* Promover uma semana de acção global contra o capitalismo e a guerra entre 28 de Março e 4 de Abril de 2009:
- Mobilização contra o G-20 a 28 de Março;
- Mobilização contra a guerra e a crise a 30 de Março;
- Dia de solidariedade com o povo palestiniano exigindo o boicote, devenvestimento e sanções contra Israel, a 30 de Março;
- Mobilização contra a NATO no seu 60º aniversário, a 4 de Abril;

- etc.

* Apostar fortemente nas mobilizações que promovemos anualmente:
- 8 de Março: Dia Internacional da Mulher;
- 17 de Abril: Dia Internacional pela Soberania Alimentar;
- 1 de Maio: Dia Internacional d@s trabalhadores e trabalhadoras;
- 12 de Outubro: Mobilização Global de Luta pela Mãe Terra contra a Colonização e a Mercantilização da Vida;


* Impulsionar as agendas de resistência contra a cimeira do G-8 na Sardenha, a cimeira climática em Copenhaga, a cimeira das Américas em Trinidad e Tobago...

Vamos responder à crise com soluções radicais e iniciativas emancipatórias.

(Pdf disponível aqui)

Read more...

About This Blog

  © Blogger templates The Professional Template by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP