terça-feira, 31 de março de 2009

Solidariedade com a Palestina

Pelo fim imediato da violência e da violação dos direitos humanos
Pela inscrição imediata de um processo de paz justa na agenda internacional
Pelo reconhecimento efectivo do direito à autodeterminação
Pelo reconhecimento do Estado da Palestina lado a lado com o Estado de Israel

Na oportunidade do apelo do Fórum Social Mundial reunido em Belém, Brasil entre 27 de Janeiro e 1 de Fevereiro, para o dia 30 de Março ser dedicado à solidariedade com o Povo Palestiniano, a ATTAC-Portugal manifesta uma vez mais a sua solidariedade militante com os homens, mulheres e crianças palestinianos que têm dado ao mundo um persistente e ímpar exemplo de dignidade e coragem.
A história recente da Palestina é uma história de dor. De separação e dor. É uma luta com mais de sessenta anos, de um povo que mais não exige que o direito a ter o seu próprio Estado independente, como lhe foi assegurado e oficialmente estabelecido pela ONU no próprio acto que estabelecia o Estado de Israel, representação política do estabelecimento abusivo em terra palestina de centenas de milhar de pessoas que nunca ali tinham vivido, mas que reivindicavam uma pertença e um direito bíblicos apenas invocados pela sua própria religião, no meio das três – judeus, cristãos, muçulmanos – que tiveram origem naquela terra.Como se a Palestina fosse terra de ninguém, mas todos sabendo que lá viviam há milénios, cultivando pacificamente as suas terras, os palestinianos.

E os judeus europeus, que durante milénios viveram, trabalharam e sofreram na Europa, foram ocupar violentamente – pois só assim poderia ser, aterrorisando, desapossando, expulsando, perseguindo, matando – a terra palestiniana.As nações detentoras dos privilégios da civilização ocidental, que colonizaram aquelas e outras terras por esse mundo fora, ao darem entrada no processo geral de descolonização que se seguiu à II Guerra Mundial, forjaram a mais bárbara das colonizações que nem no criminoso appartheid encontra paralelo: aquela em que o colonizador não só não reconhece ao colonizado o direito à autodeterminação, como tem nos seus objectivos expressos a expulsão do colonizado da sua própria terra.

É esta aberração histórica, social, política, jurídica e ética que se passa na Palestina sob a atenta observação dos seus responsáveis históricos – os EUA e os países da União Europeia, e a cada vez mais comprometedora abulia do mundo árabe.

Todas as resoluções da ONU, desde há sessenta anos a esta parte, conferem aos palestinianos o direito à sua terra e a constituirem-na como Estado independente, respeitando a existência do Estado de Israel. Mas as potências que são capazes de mobilizar biliões de dólares e meios militares monstruosos para bombardear e arrasar terras longínquas em nome da democracia, e da própria ONU, não mexem uma palha para obrigarem ao cumprimento das resoluções por si próprias aprovadas.
Todos os chamados processos de paz têm sido armadilhados, se não mesmo sabotados, numa persistente tarefa de anulação sistemática e progressiva dos direitos palestinianos.Nesta luta desigual, contra a violência institucional, policial, social, económica e militar de Israel, o povo palestiniano, ainda vê, tantas vezes, negado o direito de resposta na mesma moeda, já que a arma do direito internacional imposto pela comunidade internacional, permanentemente invocada, lhe é recusada.
As eleições que, na Palestina, em Janeiro de 2006, deram uma vitória arrasadora ao programa político do Hamas de combate à corrupção que corroi a Autoridade Palestiniana, de luta sem tréguas pela autodeterminação e continuidade de projectos de apoio social sem precedentes na Palestina, foram consideradas pela comunidade internacional como válidas, transparentes, democráticas.
A mesma comunidade internacional, perante os resultados por ela própria sancionados, iniciou um processo sinuoso de isolamento e provocação ao Hamas, recusando-se nomeadamente a reconhecer o seu governo democraticamente eleito, provocando uma vez mais uma situação de conflito e divisão interna na Autoridade Palestiniana, tão ao jeito do governo israelita que aproveitou para em Dezembro do último ano e durante 23 dias levar a morte e a destruição à faixa de Gaza, cercada há nove meses sem possibilidade de contacto com o exterior nem de abastecimento da população, que nem sequer pôde abandonar o território para fugir aos bombardeamentos.
Os países da União Europeia, ao mesmo tempo que contemporizam com as razias sionistas, são os mesmos que acorrem pressurosos a entregar milhares de milhões de euros à Autoridade Palestiniana para a reconstrução, sabendo que pouco tempo depois tudo o que foi reconstruido poderá ser de novo arrasado, como o comissário norueguês da Comissão Europeia reconheceu publicamente ao anunciar recentemente uma doação milionária.
É como se o exército israelita fosse muito prosaicamente um instrumento de grandes empresas de construção civil europeias e israelitas.
Israel é a maior potência de região, possui um número indeterminado de bombas nucleares, em violação flagrante, e uma vez mais consentida, dos tratados internacionais, possui o maior e mais bem equipado, a partir dos EUA, exército da região e um dos maiores e mais sofisticados do mundo. Israel leva a guerra, a morte e a destruição aos países limítrofes e sistematicamente às terras palestinianas, violando todas as resoluções da ONU, violando o direito internacional, violando os direitos humanos no seu próprio território. Em terras ocupadas ergueu um muro que separa os palestinianos das suas terras de cultivo, dos seus locais de trabalho, as crianças das escolas, os doentes dos hospitais, que separa famílias inteiras.
No entanto as potências ocidentais, e a própria ONU, aceitam sem pestanejar as alegações de Israel de que está permanentemente sob ameaça, numa cínica justificação para uma política que sustenta a sua economia na guerra e que pretende expulsar definitivamente os palestinianos da Palestina, objectivo que nem sequer se dão ao trabalho de disfarçar.
E assim se chegou ao ponto em que, como sucedeu há dois meses, o representante de Israel na Comissão dos Direitos Humanos em Genebra, poder afirmar, ipsis verbis, «a ONU faz resoluções e nós fazemos o que entendemos». E assim se chegou ao ponto em que o recém nomeado ministro dos negócios estrangeiros de Israel, o snr. Lieberman, pode usar em relação aos árabes uma linguagem fascista de perseguição étnica ameaçando com execuções e afogamento quem recuse o juramento de lealdade ao governo sionista. Isto sob a continuada e obsequiosa atenção das nações e potências democráticas em luta contra o terrorismo!A história deste conflito, para além de sofrimentos indizíveis, tem provocado efeitos nefastos nas condições da gestão pública e uma mancha indelével nos códigos de direito internacional.
Há duas semanas o embaixador de Israel em Portugal revelava a sua grande alegria pela possibilidade de o primeiro Ministro de Portugal poder visitar Israel a breve trecho. Seria uma indignidade sem nome à qual os cidadãos portugueses deveriam opor-se veementemente.
É com a consciência de que da resolução – de acordo com o direito internacional, o direito dos povos e das nações e os direitos humanos – do chamado conflito Israelo-Palestiniano depende em grande medida um futuro de paz e de justiça para o mundo, que ATTAC Portugal apela aos cidadãos e cidadãs portugueses – que deram ao mundo uma lição exemplar no seu apoio e solidariedade com outro povo heróico e sofredor, o povo de Timor-Leste – para condenarem todas as manobras de cinismo político, destinadas a colocar à frente dos direitos dos povos os interesses de rapina das grandes potências naquela área fulcral do globo; e expressem da forma que considerarem mais adequada o seu apoio e solidariedade à luta do povo palestiniano exigindo o fim da instalação de colonatos e de qualquer tipo de agressões militares ou policiais, ou de índole social ou política, e o rápido estabelecimento das condições para uma paz justa no reconhecimento do Estado Palestiniano lado a lado com o Estado de Israel, no respeito pelas resoluções do Conselho de Segurança da O NU.O Grupo para a Paz e dos Direitos Humanos da ATTAC Portugal.

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sábado, 28 de março de 2009

De Oslo a Cádis: Não vamos pagar a crise

Núcleos da ATTAC de toda a Europa participam em dia de acção global contra o G20

Em vésperas de suposta cimeira financeira global do G-20, que começa em Londres no próximo dia 2 de Abril, milhares de pessoas por toda a Europa estão nas ruas hoje, dia 28 de Março, para exigirem uma sociedade construída com base na solidariedade e para protestarem contra as políticas anti-sociais motivadas pela crise que os seus governos e o G20 estão a adoptar. Estão na em resposta ao apelo para um dia de acção global a 28 de Março lançado no Fórum Social Mundial em Belém, Brasil. Com o slogan «Não vamos pagar a vossa crise», um número significativo de organizações da ATTAC Europa participou activamente na ampla coligação de forças políticas que organizou as manifestações, comícios e acções de rua.
No apelo aos protestos a 28 de Março, a rede europeia da ATTAC reivindica um sistema económico que «sirva as pessoas e o ambiente.» O preço da actual crise deve ser pago pelos especuladores que acumularam lucros astronómicos no passado, não pelos cidadãos. É o sistema que tem de mudar.
«A ATTAC está a mobilizar-se em toda a Europa. Em nome de toda a sociedade civil, a 28 de Março a nossa rede critica os responsáveis pela crise e exige o controlo democrático sobre os mercados financeiros e a protecção das pessoas das consequências anti-sociais das actuais políticas de resposta à crise. Esta assunto ultrapassa em muito as fronteiras nacionais e é uma causa europeia e global», diz Hugo Braun, membro da direcção da ATTAC Alemanha. Enfrentar o desafio global lançado por esta crise requer uma resposta também ela global. O dia de acção global é mais um passo nessa direcção.
Espera-se que a maior manifestação ocorra em Londres, com a palavra de ordem «Primeiro as Pessoas.» Activistas da ATTAC de toda a Europa participar nesta manifestação de protesto. Susan George, presidente honorária da ATTAC França, fala em Hyde Park em nome da Rede ATTAC Europa. «Esta crise é uma crise de todo o sistema mundial – é uma crise de pobreza e desigualdade, de alimentação e agricultura, do clima e do ambiente. Por isso, vamos usar a crise financeira para resolver as outras e vamos começar pelos bancos. Os bancos são nossos!», salienta Susan George.
Na Alemanha, esperam-se dezenas de milhares de pessoas em manifestações em Berlim e Frankfurt am Main, co-organizadas pela ATTAC em coligação com vastas alianças de cidadãos. «A chave para sair da crise rumo a uma economia global estável é uma alteração de rumo em termos de redistribuição da riqueza: dos ricos para os pobres. É preciso implementar novas taxas nacionais e internacionais, e o sistema financeiro deve estar nas mãos do público, fora da lógica dos super lucros», diz Alexis Passadakis, um dos oradores da ATTAC nos comícios.
Depois da impressionante greve geral em França em 19 de Março, os núcleos franceses da ATTAC participam em acções locais em cerca de cinquenta cidades francesas. «O G20 e os governos já mostraram que só estão interessados em salvar o sistema, manter os privilégios de uma minoria e socializar as prejuízos gerados pela crie. Face a isso, é preciso uma grande mudança no sistema e exigimos a aplicação imediata das seguintes medidas: abolição dos paraísos fiscais, novas taxas, particularmente sobre transacções financeiras, limitação de salários milionários e a construção de um sistema bancário e financeiro público», diz Aurélie Trouvé, presidente da ATTAC França.
Na Áustria, uma vasta coligação de mais de duzentas e vinte organizações – incluindo, mais uma vez, a ATTAC – convocou uma manifestação para Vienna. Para Alexandra Strickner, secretária-geral da ATTAC Áustria, «os principais causadores do crash financeiro são quem está agora a preparar o caldo que será servido às classes mais desfavorecidas em cento e noventa e três países. Por isso, os Estados, os parlamentos e os representantes da sociedade civil devem poder participar democraticamente nas conferências globais sobre finanças. É necessário criar uma instituição nova e realmente democrática sob o auspício das Nações Unidas. »
De Barcelona a Madrid, passando por Sevilha, Granada, Múrcia e Cádis, a ATTAC, juntamente com outros movimentos sociais, organizou protestos nas ruas de várias cidades espanholas. Na Noruega a ATTAC convocou uma manifestação em frente do Parlamento em Oslo, e na Suiça, a ATTAC, integra a grande coligação que promove a manifestação em Genebra.
A ATTAC Portugal está solidária com estas iniciativas e subscreve as exigências as suas congéneres na rede europeia da ATTAC.

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[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=sxvrzMHVpfU]

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quinta-feira, 26 de março de 2009

Do fim dos Paraísos Fiscais às Taxas Globais

A Attac France publicou um extenso relatório sobre o efeito nefasto dos paraísos fiscais na estabilidade da economia, em que defende duas medidas urgentes para combater a actual crise financeira: o fim dos paraísos fiscais e a introdução de taxas à escala global.

O relatório explora a responsabilidades dos paraísos fiscais na génese da crise, analisando a forma como contribuem para:

* a opacidade e instabilidade do sistema financeiro;
* a criação de capitais especulativos;
* a desregulação massiva do sistema financeiro;
* a concentração de grandes volumes de capital móvel;
* a privação de fontes fiscais devidas aos Estados e organismos internacionais de regulação, com as quais seria possível responder às necessidades sociais mais urgentes e contribuir para a solução da crise ecológica.

Paralelamente a estas medidas, o relatório propõe ainda a implementação de algumas taxas a nível mundial, que permitiriam não apenas regular os circuitos financeiros como dotar os poderes públicos de meios para poderem garantir o acesso de tod@s a bens básicos como a água potável, a educação e a cultura, e ainda preservar o clima, a biodiversidade e qualidade da água, do ar de dos solos.

Estas taxas incidiriam sobre:

* as transacções financeiras;
* os investimentos directos no estrangeiro;
* os lucros das multinacionais;
* as grandes fortunas;
* as emissões de carbono;
* a produção de plutónio e minérios enriquecidos;
* o transporte aéreo.

O documento está disponível em francês aqui.

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quarta-feira, 25 de março de 2009

Fotos do Colóquio «A Crise do Capitalismo e o Futuro»

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ATTAC Portugal no Flickr: http://www.flickr.com/photos/attacpt

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terça-feira, 24 de março de 2009

Outro «Die Zeit» é possível

3371797123_fb02e00bb8 A ATTAC Alemanha distibuiu ontem cento e cinquenta mil exemplares de um número ficcional do prestigiado diário alemão Die Zeit. A publicação, em tudo semelhante ao original, tem a data de 10 de Maio de 2010 e corresponde a um matutino no mundo pelo qual todas as ATTAC se batem: um mundo que decretou o fim do capitalismo neoliberal e do belicismo imperialista, um mundo que respeita todos os seus cidadãos por igual e lhes reconhece direitos democráticos plenos, um mundo onde as grandes fortunas são taxadas e ambiente é respeitado, onde a descriminação é apenas memória de lutas do passado. Anuncia-se, por exemplo, o fim da crise, da NATO e da invasão do Iraque; toda a publicidade, agenda e secções são recriadas de forma a fazer passar a mensagem alterglobalista da ATTAC. É um acto genial de activismo, baseado numa iniciative semelhante em Nova Iorque no ano passado, e que custou 15 mil euros, angariados através de doações de activistas e simpatizantes.

A edição on-line está disponnível aqui. Vale a pena vê-la, mesmo sem perceber muito de alemão.

Saber mais aqui, aqui e aqui.

foto de NiceBastard (@Flickr)

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Economia Mundial, Autonomia das Políticas Económicas e Paraísos Fiscais

cartaz_cartaz_a0Realiza-se já na próxima 5º feira, dia 25, em Coimbra a oitava sessão do ciclo temático Economia Global, Mercadorização e Interesses Colectivos: Pessoas, Mercadorias, Ambiente e Paraísos Fiscais, sob o tema «Economia Mundial, Autonomia das Políticas Económicas e Paraísos Fiscais», que contará com a participação, entre outros, de Bernard Bouzon, da ATTAC França.

A iniciativa inscreve-se no Ciclo Integrado de Cinemas, Debates e Colóquios da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e é organizada pelo grupo de docentes de Economia Internacional da FEUC, em colaboração com os alunos do Núcleo do Estudantes de Economia da Associação Académica de Coimbra, com o apoio da Coordenação do Núcleo de Economia da FEUC.

Da Press release:
«O tema está lamentavelmente na ordem do dia uma vez que é peça central, como mecanismo, da actual crise mundial, e será, possivelmente, o dossier mais complicado e de maior tensão que preencherá a agenda da reunião do G20, no princípio de Abril. Não é, de resto, por acaso que a reunião do G20 será precedida, a 24 de Março ou seja na véspera do nosso colóquio, de uma outra, preparatória, de Gordon Brown com os grandes financeiros internacionais, tal é a complexidade do dossier paraísos fiscais, reunião que até se quis secreta. A importância do tema é enorme sobretudo quando se entende que os paraísos fiscais podem ser vistos como um instrumento de (des) regulação na repartição do rendimento da actual economia global e por isso mesmo, de tão desregulada que está que se mostra em ruptura total. É ainda por esta razão que se compreende agora claramente que questionar a existência dos paraísos fiscais é questionar todo um modelo que deles precisava e que deles se alimentava. Foi devido a este fio condutor, foi devido a esta ideia da sua importância na economia global que a problemática Paraísos Fiscais foi planeada e inserida no nosso projecto de Ciclo Integrado de Cinema, Debates e Colóquios na FEUC este ano sob o tema Economia Global, Mercadorização e Interesses Colectivos: Pessoas, Mercadorias, Ambiente e Paraísos Fiscais, como uma das suas principais sessões. E a realidade, um ano depois do projecto ter sido apresentado, aí está a ultrapassar tudo o que no plano teórico se tinha admitido e é dela que se irá falar no Colóquio, no filme e no debate que se lhe seguirá.»

Programa

Hora: 15.00
Local: Auditório da Faculdade de Economia

Conferencistas:
:: Bernard Bouzon (Attac França)
:: Jean Maillard (Sciences Po-Paris)
:: John Christensen (Director de Tax Justice Network)

Comentadores:
:: José Silva Lopes (ex-Ministro das Finanças)
:: Francisco Louçã (ISEG)
:: António Martins (FEUC)

Debate
::
Hora: 21.15
Local: Teatro Académico de Gil Vicente

:: Filme/Documentário: Paraísos Fiscais, A Grande Evasão
de Frédric Brunnquell (2008)

Debate
(com a presença do realizador, Frederic Brunnquell)

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quinta-feira, 19 de março de 2009

Colóquio sobre economia é já no Sábado!

image1 A CRISE DO CAPITALISMO E O FUTURO
ECONOMIA DE CASINO OU ECONOMIA SUSTENTÁVEL?


Colóquio com os economistas:
:: Carlos Gomes
:: João Rodrigues
:: José Castro Caldas
:: Ricardo Paes Mamede

21 de Março | Sábado | 15h
Auditório do Metropolitano de Alto dos Moinhos
(Estação de metro de Alto dos Moinhos, linha azul)


Actualmente, o mundo rico atravessa a crise económica mais grave desde a Grande Depressão, em 1929.
Agora, sob a pressão da crise, até mesmo a comunidade financeira mais ortodoxa reclama reformas. No entanto, estas propostas não vão suficientemente longe, uma vez que não tomam em consideração os problemas sistémicos por detrás desta crise.
O que é necessário, no interesse da grande maioria da população, são verdadeiras mudanças em direcção a um outro paradigma, em que a finança seja um instrumento ao serviço da justiça social, da estabilidade económica e do desenvolvimento sustentável. Não podemos aceitar que, nos próximos anos, se regresse ao status quo.
Uma oportunidade histórica foi criada. Dependerá da pressão da opinião pública a sua transformação numa política radicalmente diferente.

Excerto da Declaração Conjunta das ATTAC europeias, sobre a crise financeira e alternativas democráticas

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Imagens do seminário «Solidariedade com a Palestina :: Conhecer para Agir»

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terça-feira, 17 de março de 2009

4ª Assembleia MayDay (Lisboa)

4ª feira, 18 de Março, 21h00
Sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL)
Rua Fialho de Almeida 3
(Bairro Azul :: metro São Sebastião :: mapa aqui)

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domingo, 15 de março de 2009

Imagens da manifestação pelos direitos d@s imigrantes

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sábado, 14 de março de 2009

Lembrete

É hoje, entre as 10h30 e as 18h00, na Associação 25 de Abril: Solidariedade com o Povo da Palestina - Conhecer para Agir.

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Manifestação pelos direitos d@s imigrantes

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Sugestões de leitura: «Reimagining Socialism»

Será que os socialistas confessos estão de acordo? Para o esclarecer, a The Nation convidou alguns para comentarem a actual crise. O primeiro contributo, «Rising to the Ocasion - Reimagining Socialism», da autoria de Barbara Ehrenreich & Bill Fletcher Jr., foi publicado no passado dia 4, e deu o mote para esta espécie de fórum virtual. A lista continuará a crescer nas próximas semanas, mas para já estão já disponíveis os seguintes artigos:

* Immanuel Wallerstein, «Follow Brazil's Example»
* Bill McKibben, «Together, We Save the Planet»
* Rebecca Solnit, «The Revolution Has Already Occured»
* Tariq Ali, «Capitalism's Deadly Logic»
* John Bellamy Foster, «Economy, Ecology, Empire»
* Christian Parenty, «Limits and Horizons»
* Robert Pollin, «Be Utopian: Demand the Realistic»

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quarta-feira, 11 de março de 2009

MayDay 2009 :: Aqui não há emprego!

Sob o lema «Aqui não há emprego! Somos muito mais de 500 mil», o MayDay ocupou ontem o Centro de Emprego da Av. 5 de Outubro, em Lisboa:



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Assembleia MayDay Lisboa :: hoje, 4ª feira, 11 de Março, às 21h00
Associação Solidariedade Imigrante :: Rua da Madalena, 8-2º (ao Campo das Cebolas)


www.maydaylisboa.net

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terça-feira, 10 de março de 2009

Seminário sobre a Palestina :: Sábado, dia 14 de Março

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Os autores morais

por Mário Tomé

Os assassinatos do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e de Nino Vieira devem ser interpretados à luz das disputas e manobras com os militares e as sempre presentes tentativas de etnização da luta política na Guiné-Bissau, que, felizmente, ainda não extravasou para o povo, que tem demonstrado uma sensatez enorme, embora incapaz de encontrar formas de intervenção social e política que, explorando as contradições, dê uma vassourada transformadora na podridão instalada.
A acumulação de ódios e rivalidades na usura do poder e dos privilégiso terá estado por detrás da liquidação dos dois mais poderosos senhores em presença. O povo parece respirar aliviado. Assim já aconteceu várias vezes.
Nino Vieira foi o homem forte do regime que, antes e depois de aderir ao pluralismo dito democrático, ligou o seu destino económico e portanto político às propostas das nações amigas – URSS enquanto durou, Portugal, França, em especial – para o desenvolvimento. Essas propostas, invariavelmente anunciadas como ajudas ao desenvolvimento e de ataque à pobreza, trataram de implantar os critérios da economia de mercado e de rapina como base da democracia. A economia tradicional de subsistência, atrasada mas de onde a fome estava ausente, foi sendo ultrapassada pelos novos critérios, levando ao saque dos mares pelos arrastões soviéticos (enquanto durou a URSS e o peixe) e a implantação da influência da França como potência neocolonial afirmada. Zona do franco e depois do euro sob o signo da integração, a Guiné faz parte. desde Maio de 1997, da União Económica e Monetária Ocidental Africana (UEMOA). O combate à inflação, sob os auspícios da UEMOA e da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) desde 1979, ao mesmo tempo que permitiu a Nino Vieira e sua corte aumentarem os seus privilégios, não avançou um passo no ataque à pobreza, mas foi liquidando a pouca capacidade de subsistência autónoma que restava. A produção para exportação, nomeadamente do cajú, valendo-se da mão-de-obra muito barata, foi tirando terras agrícolas até se chegar à situação de um défice de 50% no arroz ,a base alimentar por excelência, e de 60% nos outros cereais.
A Guiné tem petróleo e bauxite, que foi sempre um apelo à ajuda do costume da comunidade internacional e à codícia dos governantes e altas patentes militares. Da total desestruturação do Estado à permissividade face ao tráfico de droga foi um passo.
Uma espécie de «matai-vos uns aos outros» parece perpassar pelo o olhar dos transeuntes e espectadores, que são, na verdade, os verdadeiros sacrificados por décadas de despotismo boçal, sustentado pela comunidade internacional, nome dado às potências em disputa pelo controlo das riquezas potenciais. Nada disto tem a ver com a chama de Amílcar que iluminou a Guiné-Bissau desde 1956.
África, o ventre fértil que deu à luz a humanidade, que foi dilacerada pela barbaridade da escravatura, que foi estraçalhada, arbitrariamente dividida e sistematicamente espoliada com a colonização, que ressurgiu em toda a sua grandeza libertando-se formalmente do opressor, deixou-se aprisionar por aqueles mesmos que julgara expulsar.
O período pós-colonial mostrou até onde é capaz de ir o capitalismo, do que são capazes as multinacionais e as transnacionais, o real significado das ajudas dos Estados democráticos ocidentais, nomeadamente os ex-colonizadores: não recuam perante nenhum crime, por mais hediondo que seja.
Estamos perante uma verdadeira associação criminosa determinada a disputar as riquezas imensas deste sacrificado continente, em conjunto e numa disputa cujas regras são definidas pelo total arbítrio e pela prepotência sobre as populações indefesas. A aparente civilização que preside às relações entre Estados e multinacionais, entre si e no relacionamento com os Estados africanos, tem como denominador comum a salvaguarda da possibilidade sem limites de tripudiarem por sobre a vida e os intersses dos povos, e a segurança garantida pela corrupção persistente e sistemática das suas elites. Tal corrupção tem como suporte material a imposição dos critérios de produção e comércio, que asseguram às elites os maiores proventos e privilégios em troca da espoliação das matérias-primas e da produção agrícola para exportação para as «metrópoles» – podemos de novo chamar-lhes assim – , à custa da carência das populações, que se debilitam cada vez mais e também cada vez mais procuram o eldorado na emigração em massa.
Mas o assalto à África pós-colonial começou pela desagregação dos frágeis Estados emergentes, tornando-os totalmente vulneráveis. Para tal todos os métodos foram e são legitimados: guerras civis e tribais, fomento, apoio ou permissividade perante genocídios instigados e perpetrados às escâncaras e sob a vigilância plácida de tropas da ex-potência colonial ou até mesmo da ONU; utilização de crianças soldados, massacres, as mais graves e torpes violações dos direitos humanos.
Uganda e Ruanda, Sudão, Costa do Marfim, Libéria, Congo, uma infindável procissão de barbárie dá cobertura e alento à exploração das madeiras exóticas, do petróleo, do coltan, dos diamantes, da bauxite, do fósforo, em que chorudas migalhas permitem às elites enriquecerem alarvemente sob o aplauso das potências que cinicamente clamam por ordem, respeito, direitos humanos.
As populações africanas totalmente desprotegidas são ainda usadas como cobaias das multinacionais dos medicamentos, sem qualquer respeito pela vida humana.
A Guiné é também uma peça neste xadrez sórdido e sinistro.
Tudo começa muito civilizadamente e muito limpo, com programas de ajuda ao desenvolvimento, como os Acordos de Parceria Económica. E depois, tudo muito legal, o assalto consuma-se... Nenhum programa de investimento, normalmente com o aval dos Estados ricos e democráticos ocidentais, impôs a garantia de que ao investimento correspondesse a garantia do emprego, do salário justo, dos serviços públicos, do fomento da cultura. Todos os recentes programas, e longínquos, de erradicação da fome e redução da pobreza fracassaram fragorosamentre e, cada vez mais, uma e outra crescem Os pilares da comunidade do capital transnacional estão organizados num sistema mafioso e criminoso que a actual crise veio revelar de forma exemplar. Como é possível que se aceite que se façam negócios de biliões sem qualquer correspondência na criação de valor?
Os criminosos responsáveis pela tragédia africana não são apenas os que no terreno sacrificam os seus povos e ensanguentam as mãos.
Os autores morais de tantos e tão brutais crimes entram-nos pela casa dentro nos telejornais, investidos das mais altas e dignas funções sociais, económicas e financeiras e de Estado.
E jantam todos os dias num bom restaurante ao pé da nossa casa.

NOTA: os artigos assinados não reflectem necessariamente a opinião da ATTAC Portugal

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domingo, 8 de março de 2009

8 de Março DIA INTERNACIONAL DA MULHER


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Foto tirada de Lucha Lesbika @Flickr

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sexta-feira, 6 de março de 2009

8 de Março (cont.)

Várias entidades da área do feminismo e do associativismo imigrante chamam à realização de uma jornada de acção – reinvindicativa e de confraternização – para o próximo 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a decorrer na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, a partir das 12h.
Pretendem que a reivindicação deste 8 de Março, dia de luta pelos direitos das mulheres, seja focada este ano especialmente nas imigrantes.

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quinta-feira, 5 de março de 2009

Dia da Mulher *8 de Março*

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Tribunal Russell sobre a Palestina

É hoje apresentado publicamente em Bruxelas o Tribunal Russell sobre a Palestina. A iniciativa da Bertrand Russel Peace Foundation conta já com muitos apoios a nível internacional, incluindo prémios Nobel da Paz e grandes nomes da literatura mundial, como Judith Butler, Noam Chomsky, Mairead Maguire, Eduardo Galeano, Juan Goytisolo, Ken Loach, Harold Pinter (RIP) e José Saramago.
O Grupo de Trabalho da ATTAC para a Paz e os Direitos Humanos apoia esta iniciativa. Por isso, alguns dos seus membros subscreveram a carta conjunta enviada à Bertrand Russell Peace Foundation, que transcrevemos na íntegra:

Tomámos conhecimento do texto do apelo divulgado para a constituição do Tribunal Russell sobre a Palestina, e da composição inicial do seu Comité de Apoio, que saudamos como uma importante iniciativa pública para impulsionar um mais forte e mais amplo movimento de solidariedade e exigência internacional para a resolução do conflito israelo-palestiniano na base do respeito pelo direito internacional e pelas resoluções das Nações Unidas.
Queremos manifestar-vos a nossa disponibilidade para apoiar e participar activamente no processo de constituição da representação em Portugal do Tribunal Russell sobre a Palestina, que esperamos possa contribuir, também no nosso País, para uma mais alargada e activa corrente de solidariedade com a causa dos direitos do povo palestiniano e com a construção duma paz justa e duradoura no Médio Oriente.
Somos participantes activos de diversas organizações sociais e cívicas, empenhados nos movimentos e iniciativas que respeitam à causa da paz e dos direitos humanos. Queremos dizer-vos que podem contar com a nossa contribuição e colaboração, ao lado certamente de muitos outros, para o sucesso deste nobre projecto.


Lisboa, 3 de Março de 2009.

Os signatários:
António Avelãs – Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
António Eloy – Vice-Presidente da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional
Baptista Bastos – jornalista e escritor
Domingos Lopes – Presidente do Fórum pela Paz e os Direitos Humanos
Eduardo Pinto Pereira – membro do CIDAC - Centro de Documentação e Informação Amílcar Cabral (
Henrique Sousa – ATTAC Portugal/Grupo de Trabalho para a Paz e os Direitos Humanos
José Manuel Pureza – coordenador do Núcleo de Estudos para a Paz da Universidade de Coimbra
Manuel Martins Guerreiro – membro da Associação 25 de Abril e da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional
Maria Helena Gonçalves – sindicalista do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
Mário Tomé – coronel, da direcção do Fórum pela Paz e os Direitos Humanos
Paula Cabeçadas – ATTAC Portugal/Grupo de Trabalho para a Paz e os Direitos Humanos
Ulisses Garrido – sindicalista da CGTP e da direcção do Fórum pela Paz e os Direitos Humanos
Vasco Lourenço – coronel, Presidente da Associação 25 Abril
Vítor Santos – ATTAC Portugal/Grupo de Trabalho para a Paz e os Direitos Humanos
Vítor Sarmento – ATTAC Portugal/Grupo de Trabalho para a Paz e os Direitos Humanos

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terça-feira, 3 de março de 2009

2ª Assembleia MayDay Lisboa 2009

Querem-nos precários, descartáveis e fáceis de despedir. Querem-nos torcidos, sujeitos às leis da flexibilidade.
Atacam-nos direitos e fazem chantagem. Dizem que temos de aceitar o inaceitável. Dizem que é da crise, que vem de fora. Dizem que contra ela, nada se pode fazer. Mas será a crise para todos?
Enquanto nos contorcemos para tentar equilibrar as nossas vidas precárias, outros aumentam lucros e cobrem as falcatruas com uma ajudinha do Estado.
Nós respondemos na luta diária. Por um emprego, um contrato justo, para poder pagar a renda de casa, a água, a luz, a saúde, a educação, o lazer e a cultura. Mas respondemos também uns com os outros. Para mudar colectivamente as vidas precárias, decidimos organizar, no dia 1 de Maio, o Mayday!
O Mayday! é um apelo geral contra a precariedade. Uma luta que junta trabalhadores de call-center e outras vítimas das empresas de trabalho temporário, estagiários a trabalhar por uma migalha, técnicos e artistas intermitentes do espectáculo, gente a recibos verdes, imigrantes a quem cortam duas vezes os direitos, todos os que têm míseros contratos a prazo e baixos salários, sindicalizados ou não, desempregados, todos a quem a promessa de futuro é viver sob a ameaça e a chantagem.
O Mayday! é um protesto que sai à rua no primeiro de Maio, mas é também um caminho de debate, contestação e festa. À chantagem da precariedade propomos a insubmissão dos precários.
Precários nos querem, rebeldes nos terão!
Até ao Mayday, há um caminho a fazer. E é p'ra já!

Toda a gente está convocada!
Próxima Assembleia :: dia 4 de Março, às 21 horas ::
Associação Solidariedade Imigrante :: Rua da Madalena, 8 - 2º
(ao Campo das Cebolas)

(tirado daqui)

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Liberdade para as mulheres de todo o mundo!

houzanmahmud-4portugal211005Em 2006, por ocasião do Fórum Social Português, a ATTAC trouxe a Portugal a activista Houzan Mahmoud, iraquiana nascida na zona do Curdistão. Enquanto mulher curda no Iraque, Houzan passou por várias formas de perseguição até ter ido viver para Inglaterra, onde trabalha actualmente como representante externa da Associação para a Liberdade das Mulheres Iraquianas.
Nessa altura a Houzan contou-nos como a guerra tem afectado a vida das mulheres no Iraque, falou-nos das lutas dos trabalhadores antes e depois da queda de Sadam, falou das necessidades do país de uma forma muito clara: «Ajudem-nos a tirá-los de lá, já! Não se preocupem com o que fica para trás, que nós tratamos disso. A presença deles (os americanos) torna tudo muito pior.»
Hoje a realidade não mudou e no Iraque a vida dos civis, sobretudo das mulheres, é cada vez mais difícil.
Numa das zonas do mundo se encontram situações de maior desrespeito pela condição feminina, Houzan e suas companheiras, frequentemente perseguidas dentro e fora do Iraque, não estão caladas e continuam a lutar pelos direitos das mulheres.

Na foto: Houzan Mahmpud, aquando da sua visita a Portugal, e António Avelãs, membro dos corpos sociais da ATTAC Portugal.

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