sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Lisboa contra a Lapidação :: 28 de Agosto, 18H00
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A “caixa negra” do poder político e o filme “O Escritor Fantasma”
O “Escritor Fantasma”, do realizador Roman Polanski, é uma interessante abordagem ao interior da “caixa negra” do poder político e do seu exercício, tendo como referência o blairismo e o modo como atrelou o trabalhismo ao unilateralismo imperial de Bush. Na sua estória bem contada ilustra a urgência de não ficarmos pela superfície das águas. Para não acabarmos, também nas esquerdas, prisioneiros de um jogo de espelhos e de sombras, aceitando fatalisticamente a subordinação a poderes cada vez mais distantes e menos legítimos que vamos desistindo de controlar.
Esta obra convoca-nos igualmente para a reflexão sobre o modo como o casamento do capitalismo com o modelo político demoliberal está a reduzir este modelo de representação política a uma carapaça formal, cada vez mais instrumento legitimador das oligarquias e redutor da cidadania.
Gostei. Recomendo.
Como aperitivo, aqui fica o trailer legendado e oficial do filme. E como bónus, a sátira musical de George Michael sobre a dupla criminosa Bush & Blair que tanta polémica suscitou quando apareceu, pela sua representação de Blair como o caniche de Bush.
Henrique Sousa, da Direcção da ATTAC Portugal
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sábado, 14 de agosto de 2010

Em Lisboa, no Museu da Electricidade, uma Exposição sobre o POVO, integrada no programa do Centenário da República. Que nos convoca para uma reflexão e uma visita estimulantes aos múltiplos conceitos de povo e do seu uso e à história deste sujeito político colectivo. E nos convida para ver a nossa história humana e a construção do nosso devir a partir dos olhos e das vidas dos de baixo, dos comuns, e não só pela narrativa e protagonismo das elites. Povo e democracia. Povo e res publica. Povo e soberania. Povo e acção colectiva. Povo e nação. Povo e classes sociais. Povo e indivíduo. Povo e cidadania. Tantas dimensões para explorar e compreender(mo-nos) melhor.
Como é referido na apresentação da exposição, a pergunta «O que é o povo?» serviu de linha orientadora a este projecto "que propõe ao público/povo de hoje várias respostas possíveis através de uma nova reflexão visual, estética, simbólica, sociológica e política sobre a génese e a evolução do conceito de POVO".
Esta exposição articula-se com a edição pela Tinta da China de três livros cuja leitura se recomenda:
– Como se faz um povo, ensaios originais de investigadores portugueses acerca das práticas e representações populares, com apresentação e coordenação do historiador José Neves;
– A política dos muitos (povo, classes e multidão), antologia de textos teóricos de filósofos e cientistas sociais, com coordenação e introdução de Bruno Peixe e José Neves;
– O que é o povo? , colectânea de depoimentos de artistas, políticos, empresários, gestores, jornalistas e desportistas a propósito do conceito de POVO.
Como complemento destes textos, aqui deixamos outra sugestão de leitura, que aborda a história humana entendida como a narrativa da construção de sociedades complexas pelas pessoas comuns: A People´s History of the World, de Chris Harman. Infelizmente ainda sem tradução portuguesa.
Uma exposição e recomendáveis e enriquecedoras leituras de Verão, para preparar a rentrée e enfrentar a nudez crua da realidade com vontade de dar a volta a isto.
Depois dos anéis, também os dedos?
Que o Verão e as férias não nos façam esquecer as coisas importantes do nosso futuro colectivo. A CGTP tem em curso uma campanha contra as privatizações na base da subscrição de uma petição colectiva. Vale a pena apoiá-la!
Se alguns se deixaram comover sobre as intenções do Governo de Sócrates neste domínio, depois da sua intervenção invocando o interesse nacional no conflito entre PT e Telefónica acerca da Vivo, desenganem-se.
É a política de uma no cravo, outra na ferradura, mas sem abandonar o rumo. Tal como a proclamada defesa verbal do Estado Social e a política de facto dos cortes sociais aos que mais precisam e o continuado desgaste da sua universalidade. Que a Comissão Europeia, a Alemanha de Merkel e o FMI já explicaram ao que vêm e o que querem e o PEC do bloco central de interesses não engana.
O recente anúncio do Governo de que vai avançar na venda de parte das acções do Estado na Galp e na EDP mostra bem como permanece fiel à orientação de entrega ao grande capital de sectores estratégicos e de rentabilidade assegurada e protegida no mercado interno. Sempre com o argumento pífio do combate ao défice. Que não se viu quando foram enterrar 450 milhões de euros de todos nós no BPP e alguns milhares de milhões via CGD no BPN, sem garantias suficientes de retorno e protecção dos recursos públicos, como se está a ver.
Estão a acabar os anéis, vão a seguir os dedos?
Todos podemos fazer algo. Como, por exemplo, assinar esta petição (ver aqui).
(Henrique Sousa, da Direcção da ATTAC Portugal)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Economia em ritmo de Verão
Em tempo de férias (para alguns), aqui ficam dois vídeos bem humorados que nos ajudam a reflectir sobre a causa das coisas nesta crise que nos deprime.
O primeiro, é uma análise de David Harvey, do ponto de vista marxista, sobre as crises do capitalismo.
O segundo, em ritmo hip hop, exprime o confronto entre as teses de Keynes e de Hayek. E sendo óbvio que a nossa simpatia não vai para Hayek, inspirador da Escola de Chicago, do thatcherismo e do neoliberalismo em nome da liberdade dos mercados, este vídeo ilustra bem a força e actualidade das ideias cujo confronto se projecta no tempo presente, apesar dos seus autores terem partido há muito.
Embora não possuindo tradução portuguesa, são pedagógicos, divertidos e valem a pena.
(Henrique Sousa)
Hayek contre Keynes
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
É tudo uma questão de fé

quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Flexibilização é a tua tia, será?

(Imagem: Abnoxio)