Depois dos anéis, também os dedos?
Que o Verão e as férias não nos façam esquecer as coisas importantes do nosso futuro colectivo. A CGTP tem em curso uma campanha contra as privatizações na base da subscrição de uma petição colectiva. Vale a pena apoiá-la!
Se alguns se deixaram comover sobre as intenções do Governo de Sócrates neste domínio, depois da sua intervenção invocando o interesse nacional no conflito entre PT e Telefónica acerca da Vivo, desenganem-se.
É a política de uma no cravo, outra na ferradura, mas sem abandonar o rumo. Tal como a proclamada defesa verbal do Estado Social e a política de facto dos cortes sociais aos que mais precisam e o continuado desgaste da sua universalidade. Que a Comissão Europeia, a Alemanha de Merkel e o FMI já explicaram ao que vêm e o que querem e o PEC do bloco central de interesses não engana.
O recente anúncio do Governo de que vai avançar na venda de parte das acções do Estado na Galp e na EDP mostra bem como permanece fiel à orientação de entrega ao grande capital de sectores estratégicos e de rentabilidade assegurada e protegida no mercado interno. Sempre com o argumento pífio do combate ao défice. Que não se viu quando foram enterrar 450 milhões de euros de todos nós no BPP e alguns milhares de milhões via CGD no BPN, sem garantias suficientes de retorno e protecção dos recursos públicos, como se está a ver.
Estão a acabar os anéis, vão a seguir os dedos?
Todos podemos fazer algo. Como, por exemplo, assinar esta petição (ver aqui).
(Henrique Sousa, da Direcção da ATTAC Portugal)
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